Lista das Principais Mulheres em Spawn

Para homenagear as mulheres no dia 8 de março — Dia Internacional da Mulher —, o Spawn Brasil elencou algumas das principais personagens femininas que já apareceram nas histórias do universo de Spawn.

Caso você se lembre de alguém que ficou de fora podemos atualizar posteriormente. A ideia aqui é apenas relembrar das mais notórias, afinal, “o que seria dos homens sem as mulheres?”, ou no nosso caso aqui mais específico: “o que seria do Spawn sem sua Wandaaaaaa”…

NÃO DEIXE DE ASSISTIR o vídeo abaixo, onde a gente faz uma lista das 3 mulheres que achamos mais representativas do universo de Spawn, com participação especial da Patricia Oliveira!

Mulheres do Céu

Ângela

Certamente a personagem mais amada pelos fãs. A Caçadora de Spawns, ruiva, dona de uma lança arrojada e um traje típico dos anos 90, Ângela caiu no gosto de todo mundo logo na sua estreia! Isso porque ela apareceu poucas vezes nas edições mensais, na verdade foram apenas umas 5 vezes. Mas talvez pelo modo que Todd e Greg a desenharam, a galera logo teve uma memória afetiva muito grande por ela (Olá, Mary Jane!).

A primeira aparição da personagem foi em Spawn #9, edição com roteiro de Neil Gaiman e desenhos de McFarlane, onde mostra ela enfrentando o Spawn Medieval. Depois, ela ganhou uma minissérie própria em 3 partes, também escrita por Gaiman com desenhos de Capullo. Na história, Ângela está sendo julgada pelo seus atos e Spawn no final consegue fazer um resgaste (e até tiveram uma relação íntima também). Só lembrando que essa minissérie teve ligação com a edição #29 e foi catalisadora pra mudança de aparência do traje simbionte dele (leia mais).

Na sequência também ganhou uma edição especial contando uma aventura dela com o Spawn Pirata (conhecida como “edição zero”). Em “Curse of Spawn” ela chegou a protagonizar 3 números (edições #9, #10 e #11), que apareceu por aqui na série “A Maldição do Spawn” números 1, e 3 (onde descobrimos mais da sua origem, como o fato dela ter sido treinada pela anjo Katherine e sua alma ser a junção de 5 outras almas mortas sacrificando a vida pelos entes queridos).

Na revista mensal ainda foi capa da edição #62 e #97. Apareceu nas edições #89 e #96 também. Sua despedida emocionante foi na fatídica edição #100, onde ela ajuda Spawn a enfrentar Urizen e por fim consegue matar o próprio Malebólgia, porém ela também pagou com sua própria vida. Nas entrelinhas a gente sabe que isso era fruto da disputa judicial dos direitos de uso da personagem (uma longa história, clique aqui para entender tudo), e que agora existe uma versão da Ângela no universo da Marvel Comics. Os créditos da criação ficaram repartidos meio a meio, para McFarlane e Gaiman.

Vale ressaltar que ela foi protagonista de outras minisséries junto com outras personagens da Image Comics, como Celestine, Aria e Glory. Uma destas sagas (Rage of Angels) não saiu no Brasil, caso queira saber detalhes só clicar aqui na matéria especial que escrevemos para o site.

Tiffany

Assim como sua irmã, Tiffany é uma anjo do Elísios. Apareceu apenas nas edições #44 e #45, onde emboscou o Spawn numa armadilha, pois gostaria de matá-lo e ficar com os créditos pra si (para assim mostrar que é uma caçadora de spawns mais eficiente que a Ângela).

O que aconteceu foi que ela não contava com a astúcia do Spawn, quando simulou que ele havia perdido a cabeça (a única forma de matar um Spawn). Entretanto, o que ficou ambíguo no final (na qual o Spawn não percebeu a princípio, sendo contado para ele posteriormente por Cagliostro), foi que a Tiffany também pode ter usado de sua própria astúcia e conseguido escapar da morte. Até hoje seu paradeiro é um mistério…

Ela reapareceu na edição Adventures of Spawn #1 e 2, mas esta revista é uma cronologia totalmente fora do universo tradicional. A personagem foi criada por Todd McFarlane e Tony Daniel.

Lilith

Lilith é chamada de anti-anjo. Sua primeira aparição foi na edição #11 de “Curse of Spawn” (aqui no Brasil em “A Maldição do Spawn” #3). Foi mantida na Cidade-Prisão Cataclismo no Limbo. Ela atacou Ângela e trouxe consigo a rara Ampulheta do Elísios (Elysian-Lock, no original) antes de ser comida viva pelos demônios Argus. Esta personagem foi criada por Alan McElroy com Dwayne Turner.

Immaculata

A história da Immaculata foi contada na revista “The Dark Ages” (“A Era das Trevas”, título ainda inédito no Brasil) edições #6, #7 e #8, escrita por Brian Holguin e desenhado por Lian Sharp.

Sua história começa quando um homem e sua mulher estão prestes à ter um bebê. Estavam caminhando por uma trilha quando são abordados por assaltantes, mas Lord Covenant (conhecido como o Cavaleiro Negro, ou Spawn da Era das Trevas), os salva e leva ambos para um mosteiro próximo onde residia uma freira muito especial, a própria irmã Immaculata.

Ela era um anjo caçador, mas em um duelo contra um hellspawn que viveu em Tróia (leia sobre o Spawn de Tróia aqui), matou várias pessoas e procurava uma forma de expiar seus pecados. Desta maneira ela decide se torna freira e aos poucos sua memória foi-se apagando. Mas com a proximidade do hellspawn em seu refúgio, os pesadelos foram aumentando assim como sua memória e ela voltou a ser a poderosa anjo. Isto a levou para um cidade onde sentia a energia infernal do hellspawn, que estava lutando contra DuBlanc, e que finalmente o havia encontrado. Com isto, Covenant não via sentido para aquela disputa e foge, deixando DuBlanc furioso! Vendo a figura aterradora na sua frente, Immaculata o confunde com o hellspawn e o ataca, mas logo depois percebe seu erro e as lembranças retornam da época em que ele errou da primeira vez.

Em seu castelo, o “jovem” Cogliostro explica que um anjo está caçando Covenant para matá-lo e o hellspawn acha isto bom, pois acabará com o seu sofrimento. Em uma colina ele avista o anjo e quando está pronto para se entregar à morte ambos percebem chamas ao longe. DuBlanc havia incendiado o mosteiro pensando que Covenant estaria lá e ambos partem para salvar seus ocupantes. O hellspawn corta o braço de DuBlanc e o ameaça que se ele estiver em seu caminho novamente o matará. Ele entra no mosteiro e salva a todos, menos a mulher e a criança recém-nascida. Entretanto Immacuta, agora em sua forma humana e arrependida de tentar matar alguém tão nobre, entra na casa e consegue salvar a criança… Logo depois é morta por Cogliostro!

Celestine

A anjo Celestine é uma das mais respeitadas e mortais, mais tarde se tornaria mais vingativa. Ela havia destruído inúmeras civilizações, incluindo Sodoma-Gomorra e a Torre de Babel. Quando a praga de gafanhotos devastaram o Egito, Celestine estava no centro disso e ela começou a gostar de matar mais do que realmente servir a Deus. Sua primeira aparição foi na minissérie Violador Vs Badrock, mas também apareceu em outras minisséries interligadas com o universo de Spawn, como Rage of Angels (leia aqui). Quem criou esta personagem foi Alan Moore com Rob Liefeld e Brian Denham.

Zera

Zera era a líder dos Serafins e um dos anjos mais poderosos de Deus. Ela o serviu até o dia em que foi presa por sua loucura, porém ela mesma não condena a atitude de Deus. Ela foi libertada quando o grupo renegado chamado de Os Esquecidos atacaram o Céu durante a batalha do Armagedom (que foi antecipado por Mammon). Sua primeira aparição foi na edição #154 e foi derrotada na edição #162. A personagem foi criada por Todd McFarlane com David Hine e foi uma das últimas guerreiras celestiais a ser usada no universo de Spawn (a outra seria vista na saga Endgame, por enquanto ainda inédito no Brasil).

Grabrielle

A primeira vez que vemos Grabrielle foi na mesma edição onde também apareceu a Ângela, na edição #9. Ela é uma anjo que assumiu a direção da Sede dos Assuntos Terrenos da Angélico Orbital. Foi ela quem deu as ordens para matar Spawn na Terra e também criou o Redentor (batizado de Anti-Spawn, na edição #16), utilizando o Fogo Elemental Divino em Jason Wynn. Sua última aparição foi na edição #26 quando foi substituída por Rafaela durante a minissérie da Ângela (onde ela chegou a testemunhar contra a Ângela no tribunal divino em Angela #2).

Rafaela

A personagem Rafaela tomou o lugar de Gabrielle, se tornando a nova diretora da Sede de Assuntos Terrenos. Isso aconteceu quando Gabrielle foi presa por cometer acusações fraudulentas contra Ângela, como visto na edição Angela #1. Sua primeira aparição aconteceu no final da minissérie, em Angela #3. Foi ela quem ordenou que um novo Redentor fosse criado, capturando Phil Timper. O Redentor chegou a capturar Bobby (amigo sem teto do Spawn) e foi neste momento (na edição #32) que Spawn e Rafaela se encontraram pela primeira vez. Antes da invasão de Spawn, Rafaela estava recebendo em seu prédio central da Angélico Orbital uma das Dignitárias, a “vovó” Maria (popularmente conhecida como uma das versões de Deus).

Maria, a “Vovó” Deus

Rafaela recebeu em seu escritório terreno da Angélico Orbital uma senhora carinhosamente chamada de “vovó” por Spawn, mas foi anunciada pela secretária dela como sendo uma das Dignitárias. Na sequência a senhorinha idosa pediu para que fosse chamada apenas de Maria (justificando ser o mesmo nome da mãe da Rafaela). Depois do Spawn escapar do prédio onde elas estavam (parênteses: ele havia escalado o prédio todo atrás de seu amigo Bobby, um dos sem tetos da Cidade do Rato, que havia sido raptado pelo Redentor nas edições anteriores), então Cagliostro comentou com Spawn que admirava ele ter sobrevivido, já que havia enfrentado o próprio Deus! Spawn se admira com a informação e Cog conclui dizendo “ele pode aparecer de várias formas”. Isso tudo aconteceu na edição #32 (número 31 no Brasil).

Entretanto há algo que devemos comentar brevemente. Há um suposto furo de roteiro, pois futuramente na Saga do Armagedom (edições 151–164) é dito pelo Senhor Milagre/Mãe da Criação que ele/ela mesmo havia aprisionado a essência de Deus e Satã (seu “irmão”) para renascer nos dias atuais dentro dos corpos dos gêmeos da Wanda – sendo Kate a própria entidade Satã e Jake a “reencarnação” de Deus. Isso entra em conflito com a ideia de Deus estar “disponível” na Terra durante os eventos que descrevi anteriormente em Spawn #32. MAS, eu digo que há um suposto furo de roteiro pois a única pessoa que chamou a vovó Maria de Deus foi Cagliostro! Sabemos que Cagliostro manipulou Spawn para conseguir poder pra si, acabando por se tornar o Rei do Oitavo Círculo após a morte de Malebólgia (que aconteceu na edição #100 e a ascensão de Cog foi no final da saga “Uma Temporada no Inferno”, na edição #119), e muito bem poderia estar mentindo para ele, para confundir o Spawn. OK, pode ser que em alguns outros momentos da revista deixou transparecer que realmente a vovó é o próprio Deus (como na edição #75 e também na edição #262), mas também há a possibilidade do próprio Céu fazer esta confusão nas pessoas, já que supostamente o trono de Deus estava vazio este tempo todo e eles não poderiam deixar que o Inferno soubesse desta informação. Ainda podemos dizer que a “Vovó “Deus” pode ser apenas uma correspondente direta de Deus, não propriamente o “cara lá de cima”. Leia esta outra matéria para entender melhor esta “pequena confusão” sobre Deus e Satã.

Mãe da Criação

Apesar deste personagem ter muita relevância na Saga do Armagedom, mas sua primeira aparição foi ainda na edição #75, quando o Spawn visita pela primeira vez o Mundo Verde (logo após enfrentar o Entulho e entrar no Vazio, na edição #74).

Na verdade a Mãe da Criação (do inglês Mother of Existence, conhecida também como Senhor dos Milagres, do inglês Man of Miracles) se apresentou de várias formas durante sua história. Primeiramente como sendo o Guardião do Mundo Verde, em nome do Parlamento Esmeralda em Spawn #75. Já na edição #151 vemos ela se apresentando como a Guardiã do Mundo Verde.

Vale um parênteses para explicar esta pequena dualidade de gênero, já que a sigla para “Man of Miracle” é MoM, e mom em inglês é mãe! Ou seja, um nome “masculino” abreviado se torna “feminino”. Além disso, o autor utilizou de conceitos do hinduísmo, onde a deusa Kali também é uma figura feminina e representa a Mãe Natureza. Ela representa, dentre outras coisas, principalmente a força da criação. É totalmente o oposto ao deus Shiva, que também pode ser considerado como a força da destruição. Essa é a dicotomia perfeita; para se ter criação antes há a destruição, e depois da destruição existe sempre a criação. Este é o sentido da transformação, o significado de Shiva. Então David Hine combinou estas duas entidades (Kali e Shiva) em um único personagem (Mãe da Existência e Homem dos Milagres).

Estas questões todas são finalmente explicados na edição #158, já que ela é ao mesmo tempo a criadora e destruidora de mundos (agente da transformação). Ela presenteou a Terra para Deus e Satã, entretanto, depois do que ambos fizeram no Jardim do Éden, ela resolveu aprisioná-los e só depois de muito tempo (re)enviá-los à Terra dentro do corpo dos gêmeos da Wanda.

A Mãe da Criação diz que também já veio a Terra para enviar ensinar tolerância e paz aos homens, dando a entender que veio na forma de Jesus Cristo (uma das únicas referências diretas a ele na revista). Desde o final da Saga do Armagedom não vimos mais falar sobre ela/ele.

Toda esta questão do nome “Man of Miracle” (Homem dos Milagres ou Senhor dos Milagres) tem a ver com os direitos autorais do personagem Miracleman (ou Marvelman), mas isto já é uma outra história! Todos os detalhes estão nesta matéria exclusiva que escrevemos para o site.

Mulheres do Inferno

Mulher-Spawn

A Mulher-Spawn, no original She-Spawn, originalmente foi uma personagem criada exclusivamente como uma action figure da McFarlane Toys na Série 4 de 1996. Posteriormente ela migrou para as revistas, talvez para agradar os fãs, que pediam por mais personagens femininas em Spawn (já que a mais conhecida havia morrido). Mas quando se assumiu o manto, o visual adotado ficou muito diferente da figura de ação lançada antes!

O que podemos perceber é que a cada nova encarnação da personagem seu visual ficou totalmente diferente da anterior (como podem conferir na imagem acima).

• A PRIMEIRA vez que vemos uma mulher como os trajes de um Spawn foi no final da edição #8! Sim, existe uma pequena mulher ali no meio com trajes de Spawn (veja na imagem acima).
• A SEGUNDA vez foi na edição #119.
• A TERCEIRA vez foi a encarnação da personagem Nyx (leia mais abaixo), na edição #139.
• A QUARTA vez foi na edição #153, onde ela apareceu em volta da Legião de Hellspawns que habitava a alma de Al Simmons.
• A QUINTA vez foi já na edição seguinte, número #154, na alma de Kumiko Kitamura.
• A SEXTA vez aconteceu na edição #162, quando tivemos um visual do uniforme muito próximo da She-Spawn original (aquela da action figure).
• A SÉTIMA vez foi na edição #182, sendo este o segundo momento em que Nyx vestiu o traje.
• A OITAVA vez apareceu na edição seguinte, número #183 , quando Morana se apossou da simbionte K7-Leetha (tudo armado por Mammon).
• A NONA vez aconteceu na mesma edição #183, quando Kumiko assumiu outro visual de Mulher-Spawn ao lado da Legião de Almas que se encontrava dentro de Simmons.
• A DÉCIMA vez aconteceu na edição #300, quando Nyx deixou tudo preparado para que Jessica Priest assumisse o manto de uma vez por todas.

Jessica Priest

Jessica Priest estreou na edição #61, sendo considerada a pessoa quem realmente assassinou Spawn (botou fogo nele, deu o último tiro, enfim, para entender melhor esta questão leia aqui esta outra matéria do site). Porém não foi nas revistas mensais que sua história foi contada, e sim nas páginas de Curse of Spawn #12, #13 e #14 (no Brasil foram publicadas nos números 8, 9 e 10 de “A Maldição do Spawn”).

Depois de matar seus pais, quando criança, Jessica foi internada até a adolescência, o que só deu a ela a oportunidade de continuar mais uma matança. Eventualmente, ela se tornou conhecida como uma das maiores assassinas do mundo e encontrou emprego sob a supervisão de Jason Wynn, o homem que ordenou a morte de Al Simmons.

Durante seu tempo seguindo Al, Jessica formou uma amizade próxima com Nyx, e quando ela encontrou sua aliada estirada no chão, ainda fez uma tentativa desesperada de trazê-la de volta à vida. O feitiço, em vez disso, mostrou visões da vida de Al e da vida após a morte, dando a ela uma visão absoluta da batalha dele contra as forças do mal, bem como as forças destrutivas do bem absoluto. Nessas visões, ela recebeu um pedaço do mesmo poder que todos os hellspawns utilizam, tornando-se a segunda encarnação (oficial) da Mulher-Spawn.

Nyx

Carrie Anne perdeu sua mãe ainda quando tinha 2 anos de idade e começar a mexer com magia aos 8 anos. Sua estreia foi na edição #122, durante o arco “Estrada para a Salvação”. Desde que Spawn retornou do inferno com sua aparência humana sem sua própria sombra, isto é, sem o seu traje simbionte, Nyx (como ela gosta de ser chamada) acabou sendo de muita ajuda nesta recuperação. Com isso eles acabaram ficando mais próximos também.

Na edição #139 ela foi atrás da alma da sua amiga chamada Thea, que estava no vale do desespero, no abismo do inferno. Nyx chegou ir até ao inferno (edição #140) após fazer um ritual de bruxaria e pegou “emprestado” o traje simbionte do Spawn, se tornando a “primeira” Mulher-Spawn. Apesar dela não ser chamada assim (Mulher-Spawn) durante este arco de história (chamado “Fronteira Infernal”, edições #139, #140 e #141).

No final da história da edição #141 ela se depara com algumas provações do vale do desespero, encontrando uma versão corrompida de seu pai e de uma garotinha bem bizarra no melhor estilo demoníaca. Ela estava sendo guiada por um certo Redentor – sim, o Eddie Frank, irmão do Andy – que acabou fazendo uma trégua para ajudá-la em sua jornada pela busca da amiga (já que ele havia sido “abandonado” nas profundezas e estava fulo com o Spawn). O tema principal deste final do arco de história é sobre redenção, perdão e esquecimento. No fim de tudo Nyx conseguiu cumprir sua tarefa e extinguiu a alma de Thea para sempre. Infelizmente foi o melhor final que sua amiga merecia.

Nyx também foi importante após o arco Armagedom, quando a cidade foi tomada por situações de terror e crimes hediondos, na qual só Spawn, Nyx e os detetives Sam & Twitch poderiam resolver a situação. Assim também quando Mammon e Morana “atacaram” Spawn/Wanda/Cyan, no arco de histórias de “Herança Maldita”. Inclusive, Nyx se tornou a Mulher-Spawn mais uma vez (e novamente assumindo um novo visual) antes da Morana depois pegar o traje pra si, fato que aconteceu nas edição #182, #183 e #184.

No fim ela acabou se “despedindo” na edição #300 quando “passou o bastão” para Jessica Priest, quando ela se tornou a nova encarnação da Mulher-Spawn definitiva.

Sutura

A personagem Sutura foi criada por Alan McElroy e Dwayne Turner para a série “Curse Of Spawn”. Ela protagonizou 6 histórias (#5–8 e #27 e #28), sendo delas publicadas apenas 4 no Brasil, na revista “A Maldição do Spawn” de números 4 a 7. Sua primeira aparição foi na edição #5 ainda como Gretchen Culver e na edição #6 como Sutura.

A história de Gretchen Culver é uma das mais dramáticas e chocantes já publicadas na série. Ela acabou presenciando um massacre, causado pelo serial killer Jeremias Euden (conhecido como O Assassino das Rosas), dentro de um restaurante. Muito assustada e traumatizada com a cena que viu, a jovem Gretchen simplesmente saiu correndo do lugar, porém foi atropelada por uma ambulância! Ao invés de ser levada para o hospital, a ambulância entra em um beco e seus ocupantes a estupram após ser severamente sedada!! Porém, isso durou até que ela conseguiu despertar e atirou contra um dos agressores!!! Depois de ser espancada, Gretchen é levada para que desapareçam com seu corpo!!!! Este acabou se tornando um caso de polícia investigado pelos detetives Sam & Twitch. Nas edições seguintes a gente vê como Sutura conseguiu fazer vingança com suas próprias mãos, mas isto trouxe danos severos à psique dela…

Morana

Quando Morana apareceu pela primeira vez na edição #162 ninguém tinha ideia de quem seria aquela personagem. O segredo só seria revelado na edição #182 quando descobriu-se que ela era a filha de Al Simmons e Wanda Blake que, supostamente, havia morrido depois que Al agrediu a esposa em um ataque de raiva. Secretamente Mammon recolheu o bebê enquanto Wanda estava internada para poder concretizar um plano que levou séculos para ser cumprido: a criação do hellspawn supremo que unisse o humano com o infernal, ambos sob o seu controle.

Mammon cuidou de Morana nos 18 anos seguintes até o dia em que ela se consagrou em um banho de sangue de pessoas virgens. Considerando Mammon como seu verdadeiro pai, ela renegou Al e Wanda acusando-os de a descartarem no nascimento…

Utilizando-se também do traje K7-Leetha (que estava em poder de Nyx), ela pretendia escravizar a humanidade. Após uma dura batalha, tanto ela quanto Mammon foram detidos graças aos esforços conjuntos entre Cyan e Nyx, que os aprisionaram em outra realidade.

Todo o arco da Morana foi publicado no Brasil no encadernado Herança Maldita (saiba mais detalhes da mitologia da personagem nesta outra matéria exclusiva do site).

Katie Fitzgerald/Satã

Os filhos gêmeos de Wanda e Terry nasceram durante os eventos mostrados na edição #100, aquela onde muita coisa aconteceu (Spawn finalmente mata Malebólgia e a Ângela também acaba falecendo). Porém, é durante os eventos da Saga do Armagedom onde os irmãos Jake e Kate tiveram um papel mais relevante e a natureza sinistra de ambos começaram a dar as caras a partir da edição #153.

É revelado na edição #158 que Kate é a reencarnação do próprio Satã, em contraponto que seu irmão gêmeo Jake é o próprio Deus encarnado. Tudo isso foi usado pela Mãe da Criação para tentar controlar os dois e ensinar uma lição as duas entidades.

No fim do Armagedom (ver as edições #162, #163 e #164) tudo volta ao normal, com Deus e Satã voltando para seus lugares de “origem”, sendo Céu e o Inferno. Lembrando que mais adiante Satã volta a enfrentar o Spawn, mas isso é história para outro momento (durante o arco “Satan Saga Wars”, ou como ficou conhecido no Brasil, “Guerra Contra Satã”).

Mulheres da Terra

Wanda Blake

Wanda Blake é a razão da saga inteira do Spawn existir. O próprio criador (e co-fundador da Image Comics) Todd McFarlane já declarou que o que Spawn fez na revista (um pacto com diabo para poder voltar a ver a amada esposa) é exatamente o que ele também faria (apesar de Todd se declarar ateu, estamos falando de sentimentos e emoções, não de religião).

A morte do tenente-coronel Al Simmons aconteceu em 1987. Passado cinco anos deste então, já em 1992, ele retornou dos mortos como a entidade conhecida como “Spawn”. Porém, Wanda já havia se casado novamente e agora possui uma filha, chamada Cyan, com Terry Fitzgerald, o melhor amigo de Al quando eram vivos.

Spawn começa a ficar de olho na vida do casal. Ele tenta proteger Terry das ameaças e perseguições de Jason Wynn (conforme visto no arco A Caçada, edições #21 a #24). Ela levou um choque ao descobrir Spawn vivendo nos becos do Bowery, foi a primeira vez que ficou em dúvidas sobre se era o ex-marido ou não, se era amigo ou não. No final deste encontro ela deixa uma foto da sua família, conforme visto na edição #28. E, finalmente na edição #36, quando Wanda tem mais um encontro com o Spawn as dúvidas cessam confirmam

Na edição #50 ela passou muita preocupação quando Terry entrou em colapso por causa de um câncer que vinha enfrentando, mas foi salvo por Spawn (por causa que ele retirou aquele cadarço que amarrava o rosto dele).

Em determinado momento, já sendo um plano orquestrado pela Mãe da Criação, Wanda descobre que está grávida de gêmeos! Eles são a tal “criança prometida” que o amigo sem teto de Spawn, o Botas (que se revelou sendo um anjo a paisana), havia comentado quando foi levado a julgamento pelas anjos na edição #75. Posteriormente na edição #100 acontece o nascimento dos gêmeos de forma milagrosa. Os gêmeos Jake e Kate começaram a ter comportamentos estranhos e depois foi revelado (na edição #158) que eram as próprias entidades de Deus e Satã encarnados neles.

Recentemente, na saga da Ressurreição (edições Resurrection, #251 até #255) — relembrando os eventos: Al Simmons “abandonou” a Terra, permaneceu no Limbo, no lugar dele ficou Jim Downing — algo de muito ruim aconteceu com Wanda (neste meio tempo), e por isto causou a “Guerra Contra Satã” (edições #256 até #262).

Cyan Fitzgerald

Cyan Fitzgerald, a filha de Wanda Blake e Terry Fitzgerald. Sua primeira aparição foi na edição #3 quando Spawn, transmutado num homem branco — que mais tarde a gente descobriria que seria a aparência usada de Jim Downing, que estava em coma, até a edição #185 — foi visitar a casa de Wanda e então se deparou com a pequena nos braços da mãe.

Para efeito de curiosidade (talvez aquela que todo fã já saiba), é válido lembrar que Todd McFarlane homenageou os nomes reais da sua esposa e da sua filha nas personagens Wanda e Cyan. Mais tarde ele veio homenagear seus outros dois filhos Jake e Kate.

Passado algum tempo, na edição #21, Spawn costurou seu rosto com um cadarço de tênis (na qual já detalhamos os detalhes desta história nesta matéria). Este cadarço acabou sendo removido do rosto dele pelo Terry, quando ele estava hospitalizado, lá na edição #50, fazendo com que se curasse do câncer… Porém, o cadarço foi pego e guardado pela pequena e esperta Cyan (já na edição #51) e foi utilizado por ela por bastante tempo como uma espécie de amuleto. A gente ainda veria o cadarço/amuleto novamente durante a Saga do Armagedom (edição #163) e depois quando Cyan amarraria uma faca na ponta deste cadarço para se proteger, durante os eventos vistos no encadernado Herança Maldita, na edição #181.

Neste meio tempo, vale relembrar que a pequena Cyan foi vítima de um sequestro do Palhaço/Violador, na edição #59! Recentemente a personagem protagonizou a saga “Dark Horror” (ainda inédito no Brasil), a partir da edição #276, onde espíritos malignos diretamente do inferno estariam perseguindo ela. É uma ótima fase, com muita influência de terror/horror, com claras inspirações no estilo de filmes japoneses, como “Dark Water, 2005” (Água Negra) e “The Ring, 2002” (O Chamado). Esta fase foi escrita por Darragh Savage com Jason Shawn Alexander, além dos desenhos serem dele também. Uma curiosidade, uma das capas das edições serviu de base para uma revista, chamada Misery, que Todd queria ter lançado. Entenda melhor do que estamos falando nesta outra matéria.

Vovó Blake

A Vovó Blake é aquela senhorinha que todo mundo queria ter por perto na família. Ela foi a confidente do Spawn Al Simmons já desde o início (edição #12). Destas conversas sempre saíram ótimos diálogos, sobre questionamentos da vida/morte, o que fazer, sentido da vida, e coisas do tipo. Ela sempre achou que Al havia retornado pra falar com ela como um anjo do Senhor, e ele nunca teve contagem de contar a verdade à ela, já que era cega. Houve um momento muito bonito na edição #76, quando Spawn consegue a ela o desejo de rever seu marido falecido. Foi um momento bem emocionante para ela (quem não gostaria de rever um ente querido que já se foi, nem que seja por alguns segundo?).

Durante a Saga do Armagedom, quando ela foi invocada pelo Céu, durante o arrebatamento, para fazer parte da tropa de guerreiros celestiais (na edição #159). A cena em que ela morre é também bem emocionante (edição #162), mas como sabemos (ou os fãs já deveriam ter lido a saga toda), Spawn reinicia o mundo e traz de volta todo mundo, inclusive a boa e velha Vovó Blake (edição #163). Ela foi crucial também durante os eventos vistos posteriormente no encadernado Herança Maldita, na edição #181.

Até hoje nunca vimos o verdadeiro nome dela revelado oficialmente, mas extraoficialmente seu nome é Mary Blake.

Sara Johnston

Sara é a enfermeira que cuidou de Jim Downing por todo o tempo em que ele esteve em coma. Foi a primeira pessoa que ele viu quando despertou na edição #185. Quando o Spawn Al Simmons se retirou da Terra (explodindo sua própria cabeça), isso fez com que o traje simbionte buscasse conexão com alguma outra pessoa disponível que tivesse já tocado ele algum momento, por isso Downing se tornou o novo Spawn (lembrando que ele apareceu lá atrás na edição #2 e #3).

Sara acabou nutrindo uma afeição por Jim e eles acabaram ficando juntos, já que o “Paciente 47” (como ele era chamado) não tinha nenhum familiar conhecido. Ela acabou tendo bastante amizade com Susan Mathews, a namorada do repórter Marc Rosen, que era quem corria atrás das notícias sobre os milagres envolvendo os novos poderes de Jim, se tornando um aliado e amigo futuramente.

Aliás, vale um breve parênteses: o nome “Jim Downing” pode ter influência no nome John Doe. Este é um nome utilizado em inglês para “Zé Ninguém”, “Fulano de Tal”, etc. Ambos tem quase a mesma sonoridade e certamente as mesmas iniciais! Como ele ficou em coma por tanto tempo no hospital, geralmente é comum os hospitais darem este tipo de nome (John Doe) aos pacientes masculinos desconhecidos.

Infelizmente Sara acabou tendo um final um tanto quanto parecido com o de Jim. No final da edição #245 ela foi possuída (após ter tido contato com “O Lugar Escuro” – The Black, no original – e com o demônio Palhaço), e então a partir da edição 247 até #250 entrou em coma! Esta edição também aconteceu a batalha final entre o traje (descontrolado) K7-Leetha e o hospedeiro Jim Downing, além do retorno de Al Simmons como Spawn (exatamente onde se inicia o encadernado Ressurreição).

Menções Honrosas

Jornalista / Âncora do telejornal CNR

Madrid Llanso

Helen Williams

Tracy Cane

Até mais soldados do oitavo círculo!

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