O dia das crianças aqui no Brasil é comemorado no dia 12 de outubro, e nada mais justo de relembrarmos histórias em que elas aparecem, sendo as protagonistas ou, pelo menos, desempenhando algum tipo de participação para a trama no geral.
Vamos listar a seguir e relembrar algumas dessas crianças. Se procurar alguma criança e ela não aparecer aqui listada, provavelmente foi porque estava por aí correndo na hora da lista de chamada, hahaha.
Cyan
Sim, claro que não poderíamos abrir esta lista sem começar falando de Cyan, a filha de Wanda Blake e Terry Fitzgerald. Sua primeira aparição foi na edição #3 quando Spawn, transmutado num homem branco – que mais tarde a gente descobriria que seria a aparência usada de Jim Downing, que estava em coma, até a edição #185 – ele foi visitar a casa de Wanda e então se deparou com uma filha nos braços dela, uma que Al Simmons enquanto vivo, não pôde dar à ela. Foi uma ótima maneira de conhecer a pequena Cyan.
Pra efeito de curiosidade (talvez a mais sabida de quem é fã de Todd McFarlane), é justo lembrar que ele homenageou os nomes reais da sua esposa e da sua filha nas personagens Wanda e Cyan. Mais tarde ele veio homenagear seus outros dois filhos Jake e Kate.
Depois, na edição #21, Spawn costurou seu rosto com um cadarço de tênis (na qual a gente já explicou sobre isso quando estávamos falando que o Tio Todd não sabe contar – entenda esta história clicando aqui). Este cadarço acabou sendo removido do rosto de Spawn por Terry quando ele estava hospitalizado, lá na edição #50, fazendo com que ele se curasse do câncer… Porém, o cadarço foi pego e guardado pela esperta Cyan (na edição #51) e foi utilizado por ela por bastante tempo como uma espécie de amuleto.
A gente ainda veria o cadarço/amuleto novamente durante a “Saga do Armagedom” (edição #163) e ainda depois quando ela amarraria uma faca na ponta deste cadarço para se proteger, durante os eventos contatos na saga “Herança Maldita” (ver edição #181).
Voltando um pouco, algumas edições anteriores ao eventos descritos acima, Cyan ainda foi vítima de um sequestro do Palhaço/Violador, na edição #59 – um outro tema importante para ser alertado a todos, o cuidado do rapto e sequestro de crianças, onde elas somem, são muitas vezes vendidas para o exterior e nunca mais deixam rastros, deixando famílias tristes e órfãos de filhos.
No meio tempo ela ainda viria aparecer em alguma história ou outra, mas mais recentemente Cyan protagonizou a saga “Dark Horror” (ainda inédito no Brasil), a partir da edição #276, onde espíritos malignos diretamente do inferno estariam perseguindo ela.
É uma ótima fase, com muita pitada de terror/horror – com algumas inspirações em filmes japoneses, como “Dark Water, 2005” (Água Negra) e “The Ring, 2002” (O Chamado). Dark Horror foi escrito por Darragh Savage, Jason Shawn Alexander e desenha pelo próprio Jason Shawn Alexander. A capa de uma das edições serviu de base para uma revista, chamada Misery, que Todd queria ter lançado, mas este assunto será abordado em outra matéria, clique aqui.
Amanda Jennings
Numa das mais clássicas histórias chocantes de Spawn, na edição #5, a garota de oito anos Amanda Jennings, filha do senador Paul Jennings, junto com outras mais de 20 crianças, todas foram vítimas do cruel Billy Kincaid. Concordo que é um pouco pesado falar assim desse tema, por causa destas circunstâncias em que as crianças estão sendo citadas, mas justamente aqui vai nossa homenagem à elas e principalmente um alerta sobre este tipo de tema! Sem contar que, para efeito de “final feliz” – se é que pode existir um final feliz nisso – a “justiça” foi feita pelas próprias mãos do Spawn no final da edição, matando o assassino e pedófilo com direito a um belo de um Fatality! Apesar que esta não seria a última vez em que veríamos a fuça gorda do terrível Kincaid. Ele reapareceria na edição #8 como um hellspawn (edição escrita por Alan Moore) e também mais a frente em outras edições (continue lendo)…
Na verdade, o caso Billy Kincaid inteiro merecia um artigo só dele, apenas pra falar disso, pois os acontecimentos daqui causam um impacto em muitas outras edições a frente (inclusive o arco de história “A Caçada” – que vai da edição #21 até 24 tem ligação com isso). Para efeito de curiosidade, segue a lista completa de todas as edições que citam Kincaid: 5, 8, 29, 30, 32, 34, 35, 36, 42, 43, 64, 65, 72, 74, 75, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 150, 151, 152.
Andy & Eddie Frank
Talvez, depois de Cyan, estes dois irmãos são as crianças mais famosas nas histórias do Spawn. A primeira vez que vemos um deles é no final da minissérie da Ângela (edição #3). Logo depois nos são apresentados os irmãos Andy e Eddie Frank diretamente nas páginas da edição #29 (aqui no Brasil saiu na edição #28), como uma continuação direta da minissérie da Ângela. Andy encontra o Spawn feriado (por causa das lutas travadas contra os/as anjos), coloca-o num carrinho de mão (padá, padá, padá, bá) e o leva para sua casa.
Só que como as outras histórias apresentadas até agora – e talvez como as próximas da lista também – o conto dos irmãos também são uma daquelas bem tristes. Mais uma vez McFarlane escreve uma história que é um soco no estômago da sociedade, nos alertando sobre os problemas sérios, como os de pais abusivos e principalmente mostrando os efeitos do uso excessivo de bebida alcoólica, uma das piores drogas que existem. Também há pitadas de religiosidade extrema e a ambiguidade disso tudo, por exemplo: dentro da igreja é uma coisa e fora é outra totalmente diferente.
Sem dar muitos detalhes do que acontece, mas Spawn dá uma boa lição no pai abusivo de Eddie e Andy, que no final elas mesmas dão um jeito definitivo em tudo isso. Ok, agora sozinhas no mundo, ambas caem no mundo e depois vão parar numa casa de detenção. Elas retornam algumas edições a frente, um pouco mais crescidas, na edição #58, fugindo de onde estavam e indo direto para Nova York atrás do Spawn. Aqui é abordado novamente a questão sobre as drogas, porém agora sobre o tráfico de drogas. As crianças são usadas para entregar drogas e Spawn se vê forçado a agir novamente para ajudá-las. Ele confronta o traficante que usava o irmão mais velho, Eddie, para entregar os pacotes ilegais. No meio do confronto o irmão menor, Andy, é atingido e após o tratamento médico as feridas externas foram curadas, porém os traumas internos e psicológicos nunca mais serão, deixando uma marca eterna na vida deles.
Entretanto, este trauma ficou tão intenso dentro do coração de Eddie que ele nutriu um sentimento negativo por Spawn. Mais a frente, já um pouco mais velho, na edição #116 vemos que Eddie procura por vingança àquela criatura das sombras, pois ele acha que se não tivesse conhecido o Spawn (lá atrás na edição #29), nenhuma das demais desgraças teria acontecido com ele e seu irmão mais novo. E neste ínterim ele acaba se tornando o novo – e o último – corpo hospedeiro do Redentor!
Só lembrando que antes de ser o Eddie, houveram outros hospedeiros como Redentor: Jason Wynn e Phil Timper.
A batalha entre Spawn e o novo Redentor se segue até as profundezas do inferno. Cogliostro também vai ao encontro deles (sendo que ele precisou se enforcar para chegar até lá), mas muita coisa aconteceu neste arco de história, chamada “Uma Temporada no Inferno” (edições #117, 118, 119, 120) e mereceria uma matéria exclusiva só sobre isso. Importante saber que no final ambos, Spawn e Redentor, perdem a luta e Cogliostro se tornaria – provisoriamente – o novo rei monarca do inferno.
Greggy
Sonhos e infância são duas palavras bonitas e que inspiram muito, principalmente em época de natal. Esta é uma daquelas histórias natalinas e apesar do tema assalto ser abordado aqui em destaque, é bem atenuada através do belo roteiro escrito pelo Tio Todd e lindamente ilustrada por Greg Capullo. Também temos aqui exposto aquele típico problema familiar em que o dinheiro é a principal razão e a pessoa se sujeita a qualquer tipo de trabalho, mesmo que seja o pior emprego do mundo, tudo isso para o sustento da família. Talvez esta seja a terceira melhor história sobre crianças nas revistas mensais do Spawn, que aconteceu na edição #39 (no Brasil saiu na edição #38). Seria o nome “Greggy” talvez uma homenagem ao querido Greg Capullo?
A mãe solteira do pequeno Greggy, chamada Phyllis, precisa sair pro trabalho e deixa ele aos cuidados da sua irmã mais velha, Nadine. Porém, logo após a mãe sair, a filha rebelde foge de casa, deixando assim o pequeno Greggy sozinho a espera do Papai Noel. Enquanto isso Spawn, lutando no telhado com ladrões, acaba fazendo Greggy achar que ele seria o Papai Noel com suas renas. Neste meio tempo, um dos bandidos deixa cair um pacote de dinheiro na escada de incêndio. O inesperado permite que a família esqueça as preocupações do dia a dia e aprecie suas muitas bênçãos com o montante de dinheiro deixado pelo “Papai Noel”, alimentando a fantasia do pequeno Greggy que fica maravilhado com tudo isso.
Mary
Na edição #88 nós temos a história de uma criança assustada chamada Mary, que em vida foi espancada pelo seu padrasto mau e abusivo. Mais uma vez temos um roteiro incrível, apesar de muito triste, abordando este tema da violência doméstica (e principalmente contra a mulher), escrito por McFarlane ao lado do colega Brian Holguin, que dá umas pitadas interessantes de terror sobrenatural na história. Ler os relatos do que houve na perspectiva da própria criança é de quebrar o coração…
Aqui, Sam e Twitch investigam a morte prematura da pequena Mary, então eles deduzem que foi um acidente, embora pareça que eles já sabem que seu informante de capa vermelha (leia nosso artigo sobre “o homem de vermelho” e entenda sua relação com Hitler), o Spawn já estava encontrando seu próprio tipo de justiça.
Nesta história da edição #88 também nos é apresentado uma trama paralela entre Cogliostro e o “Distinto Cavalheiro”, e que mais para frente iríamos descobrir sua verdadeira identidade, na qual seria o próprio demônio conhecido como Mammon. O triste desta história é descobrir que a pequena Mary não foi a única vítima deste pai abusivo, que é chamado aqui de Seth. Uma das cenas destaque vai para a cena de quando a menina Mary abre o armário e encontra outras duas “crianças” amedrontadas ali dentro já há muito tempo.
Para efeito de curiosidade: Set é o nome, segundo a Bíblia, do terceiro filho de Adão e Eva e irmão de Caim e Abel… E lembrando que foi Caim quem realizou o primeiro assassinato da história do mundo – segundo a história bíblica – matando seu irmão Abel. E para finalizar, o Conde Cogliostro, dentre seus muitos nomes, já foi conhecido como Cain, o próprio primeiro assassino e também o primeiro Spawn – homo sapiens, pois existe um Spawn Neandertal, mas tudo isso é história para um outro artigo (uma lista com todos os principais Hellspawns).
Carrie Anne
A pequena Carrie perdeu sua mãe ainda quando tinha 2 anos de idade e começar a mexer com magia aos 8 anos. Sua estreia foi na edição #122, durante o arco “Estrada para a Salvação”.
Apesar de Carrie Anne não ser mais criança, afinal de contas ela já é uma adolescente, ela só está na lista porque a partir da edição #139 ela foi atrás da alma da sua amiga chamada Thea, que estava no vale do desespero, no abismo do inferno. Carrie chegou ir até ao inferno (edição #140) após fazer um ritual de bruxaria – sim, para quem ainda não percebeu, ela é a própria bruxa conhecida pelo apelido Nyx – e pegou “emprestado” o traje simbionte do Spawn, se tornando a “primeira” Mulher-Spawn (digo primeira pois mais recentemente SPOILER ALERT; quem assumiu o manto de “She-Spawn” foi a famigerada Jessica Priest, na histórica edição #300). Apesar dela não ser chamada assim (Mulher-Spawn) durante este arco de história chamado “Fronteira Infernal” (edições #139, 140 e 141), apenas nas action-figures da McFarlane Toys.
No final da história da edição #141 ela se depara com algumas provações do vale do desespero, encontrando uma versão corrompida de seu pai e de uma garotinha bem bizarra no melhor estilo demoníaca. Ela estava sendo guiada por um certo Redentor – sim, o Eddie Frank, irmão do Andy – que acabou fazendo uma trégua para ajudá-la em sua jornada pela busca da amiga (já que ele havia sido “abandonado” nas profundezas e estava fulo com o Spawn). O tema principal deste final do arco de história é sobre redenção, perdão e esquecimento. No fim de tudo Nyx conseguiu cumprir sua tarefa e extinguiu a alma de Thea para sempre. Infelizmente foi o melhor final que sua amiga merecia…
Christopher Welland
A história do pequeno Chris está atrelada a Mãe do Universo ou ao Homem dos Milagres e – aqui é preciso fazer um pequeno grande parênteses: em inglês o nome é “Man of Miracles”, ambos são as mesmas pessoas pois a sigla seria “M.O.M”, que significa “mãe” em inglês. Além de que “Miracle Man” também seria o famoso Miracleman/Marvelman da extinta Editora Eclipse! Sim, aquele mesmo que hoje está na editora Marvel e deu o maior rolo com os direitos autorais, que hoje estão com Neil Gaiman, mesmo sendo outro personagem, teoricamente seria o mesmo (*) – fim do parênteses – a sua origem aconteceu na edição #150.
(*) Só esta história sobre o Miracleman e a compra da Editora Eclipse pelo Todd McFarlane, as tretas com Neil Gaiman – que levou a briga judicial pelos direitos autorais de seus personagens: Ângela, Cogliostro e Spawn Medieval – tudo isso rende um artigo bem completo. Por isso mesmo deixamos aqui separado este asterisco para dizer que em breve vamos explicar sobre tudo isso… Então fiquem de olho aqui no site, soldados do oitavo círculo!
O Homem dos Milagres resgata a alma do pequeno Chris para ser uma espécie de um novo Spawn. Ele surge a partir do coração de Al Simmons. Na verdade Chris é chamado de “a salvação da humanidade” e as ações desta história levam diretamente à “Saga do Armagedom” (edições #154 até 163). Na edição #152 descobrimos que Chris é uma das inúmeras almas que formam o Legião, aglomerado de almas de outras crias do inferno que ficam dentro do corpo do Spawn.
A história de Christopher, escrita na maior parte por David Hine e desenhada por Philip Tan na edição #151, começa quando ele estava indo para a casa da avó e no meio do caminho avistou uma caixa d’água. Para tentar superar o bullying que sofria de um colega da escola Chris foi se provar – mostrando que não tinha medo de nada – e entrou dentro desta caixa d’água! Infelizmente ele acabou ficando preso e morreu ali mesmo.
No meio tempo sua mãe, que estava desesperada esperando que chegasse bem, saiu para procurá-lo e viu a mochila largada do lado de fora da caixa d’água. Ela entrou para salvá-lo, mas só achou o corpo do filho falecido. Então eis que surge a Dama do Verde (que seria a própria Mãe dos Milagres) que faz um pacto com a mãe, “tomar conta do garoto e trazê-lo de volta um dia”. A mãe aceita a proposta, porém a gente já sabe que nunca termina bem estes tipos de acordos, e o filho demora muito tempo para retornar, fazendo com que ela entrasse em depressão profunda.
Enquanto isso, Chris estava passando por um verdadeiro inferno, chegando até encontrar com o próprio Billy Kincaid (ver edições #150, 151 e 152) – tudo isso pois estava tentando retornar para sua querida mãe. Quando sua mãe estava para quase cometer suicídio, eis que Christopher retorna à sua casa como uma cria do inferno.
Os gêmeos Jake & Kate
Os filhos gêmeos de Wanda e Terry nasceram durante os eventos mostrados na edição #100, aquela onde Spawn finalmente mata Malebólgia. Porém, é durante os eventos da “Saga do Armagedom” onde os irmãos Jake e Kate tiveram um papel mais relevante e a natureza sinistra de ambos começou a dar as caras a partir da edição #153. Digamos que eles talvez são um tanto quanto travessos demais para a idade deles… Podemos dizer que um dos temas abordados – com relação a isso – seria o cuidado e atenção que os pais devem dar com o tipo de brincadeiras e atitudes das crianças pequenas. Sim, todo cuidado é pouco!
As esquisitices dos gêmeos vão desde o mal comportamento na escolinha – desenhando coisas estranhas – até por exemplo, na edição #155 (onde temos uma cena grotesca, digna de um Fatality), onde a irmã Kate esmagalha a cabeça do irmão Jake com um bastão de beisebol!!! Talvez esse seja o troco que ela deu por Jake ter enfiado uma tesoura na cabeça dela, anteriormente na edição #153! Porém as estranhezas e bizarrices continuam… Eles maltratam seus animaizinhos de estimação e até coloca em risco a vida de Cyan e Wanda, como acontece nas edições #156 e 157.
Conforme os eventos da “Saga do Armagedom” vão acontecendo e chegando ao fim, todas estas esquisitices dos gêmeos são explicadas. Na edição #158 é revelado finalmente que ambos são entidades divinas! Temos que Jake = Deus e a Kate = Satã. E também é neste momento que é revelado que Kali, Guardião do Verde, Dama do Verde e o próprio Senhor dos Milagres são todos uma única entidade, a Mãe de toda a criação, ou como é chamada/chamado Mãe da Criação (ele/ela é uma entidade tanto masculina quanto feminina, não existe esta questão de sexo/gênero definido). Também é neste momento, precisamente na edição #159 onde finalmente Spawn revela a sua identidade para Cyan, onde antes ela sempre o chamava de “homem triste” ou o de “capa vermelha”, até mesmo era chamado de “anjo” pela Vovó Blake.
O arrebatamento acontece entre as edições #159 e 160 e com isso o fim do Armagedom (ver edições #162 e 163). Ambos os gêmeos Jake e Kate voltam a sua verdadeira forma, ou seja, eles voltam a forma das entidades Deus e Satã. Tanto um quanto o outro retornaram para onde pertenciam e as portas do céu e do inferno são seladas, mas claro que por um certo tempo – até que eles conseguiram arrumar um jeito de voltar depois do sumiço de Al Simmons como Spawn a partir da saga “Endgame”, na edição #185, onde quem assume foi Jim Downing – mas aí isso já é assunto para outra hora.
Pat Shaunessy, O Fã
Pat Shaunessy foi apresentado aos leitores na edição #42 (#41 no Brasil). Ele era constantemente assediado por valentões na escola e sonhava em se tornar um super-herói como nos quadrinhos que lia, e até fez uma fantasia para si mesmo. Ele secretamente se chamava “Terror” (The Terrorizer, no original) enquanto se escondia em seu forte. Aqui vemos mais uma vez este tema sobre bullying sendo explorada, com roteiro do Tio Todd e desenhos de Tony Daniels.
Um dia, quando ele encontrou Spawn após este fugir do castelo do Maldição, eles discutiram o que é realmente necessário para ser um herói. Com a confiança renovada, Pat enfrentou os valentões que o perseguiam, mas ele foi interrompido quando a roupa de Spawn atacou os valentões. Pat exigiu que Spawn os liberasse e, ao fazer isso, ele se tornou o herói da escola e até chamou a atenção de sua paixão, Pam Williams.
Vale destacar que foi nesta edição que acabamos descobrindo que havia uma relação entre a marca branca no uniforme de Spawn e no rosto pintado do Palhaço. Pat percebeu que a marca da Cria do Inferno se parecia com um “M”, associando-a ao seu mestre Malebólgia!
Éramos Sete – os filhos do detetive Twitch
Vamos fazer apenas uma menção honrosa aos sete filhos do casal Twitch e Helen Williams. A primeira vez que a gente vê os filhos do detetive Twitch (parceiro do amigo policial de longa data Sam Burke), foi na edição #33.
Nem todos os nomes dos sete filhos são mencionados, mas os nomes dos quatro principais sim: Max Williams IV (edição #107), Lauren Williams (Case Files: Sam and Twitch #1), Lily Williams (Case Files: Sam and Twitch #20) e Margie Williams (Case Files: Sam and Twitch #20).
Infelizmente – como a maioria das histórias das crianças apresentadas aqui – nem todos os filhos de Twitch tiveram um final feliz. Dentre sequestros e desventuras, algumas delas passaram desse plano para o outro, onde não há caminho para volta… ou quase isso. A dor de perder um filho é algo irreparável. Só o tempo para curar…
Mas agora chega de história!
Está na hora de criança dormir na cama. Boa noite e cuidado com os pesadelos, doce criatura…
Revistas consultadas: Spawn #3, 5, 21, 29, 33, 34, 39, 50, 51, 52, 58, 59, 86, 88, 94, 100, 101, 107, 108, 116, 117, 118, 119, 120, 139, 140, 141, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 180, 181, 276 e minissérie Ângela #3.