Se você conhece minimamente da história do mundo sabe muito bem que Adolf Hitler não foi nenhum santo, pelo contrário, andava lado a lado com o próprio capeta diabo!

Não, não é exagero algum. Em sua biografia temos relatos de que Hitler era uma pessoa que estava sempre envolto de assuntos relacionados ao ocultismo, alquimia, astrologia, magia negra, magia do caos, cabala, exoterismo, experiências secretas, sociedades secretas e afins. Na verdade, não apenas Hitler era ligado a estas coisas, mas outra pessoa muito próxima a ele e que o influenciou muito: o comandante militar da SS Heinrich Himmler (o responsável por implementar e controlar os campos de concentração nazi).

Por incrível que possa parecer Hitler gostava de desenhar e pintar, porém ele foi um artista frustado… Na arte do quadro pintado abaixo por ele podemos imaginar um cenário típico de alguma história saída de Spawn Medieval, não é mesmo?

Aquarela em tela, assinada por A. Hitler, do Castelo de Neuschwanstein na Baviera.

Além de ser um artista frustrado, apenas para contextualizar um pouco, Hitler chegou a ser um soldado raso na Primeira Grande Guerra Mundial (junto com Heinrich Himmler, que ficou no batalhão de reserva), mas ele não era genuinamente Alemão (ao contrário do que muitas pessoas acham). Ele nasceu na Áustria no dia 20 de Abril de 1889, chegando na Alemanha em 1913. A história nos mostra que ele sempre foi uma pessoa de gênio forte, cheia de maneirismos, sem contar que sofria de alucinações visuais, mania de perseguição, era dependente químico, chegou a ter cegueira histérica, vários surtos psicóticos e tinha principalmente problemas com flatulências!

OK, mas o que isso tudo tem a ver com Spawn? Calma que vamos chegar lá!

Spawn The Undead #2

Na história da edição número 2 de Spawn: The Undead, intitulada “The Door to Nowhere” (algo como “A Porta para Lugar Nenhum”), escrita por Paul Jenkins e desenhada por Dwayne Turner, nos é contada a história do personagem Travis Ward, uma pessoa que fez um pacto com um demônio chamado Hakeldama (nome relacionado a um lugar de Jerusalém e também ao sangue de Jesus/sangue de Judas), apenas para descobrir o segredo de como se livrar da “danação eterna” (também
conhecido como condenação para o inferno).

Para não estragar a surpresa (spoiler) de quem ainda não leu esta HQ (comic book), sem dar muitos detalhes, vou pular para a parte que realmente nos interessa…

Em um determinado momento da história, Travis Ward diz ter feito umas pesquisas e descobriu que vários “ushers” (termo que ele usou para designar aos hellspawns) – na qual podemos traduzir “ushers” como sendo uma “pessoa que mostra/arruma/conduz/guia alguém para algum lugar”, ou seja, seria um tipo de, segundo o dicionário, “recepcionista/condutor/lanterninha” – eles sempre estiveram por trás de grandes acontecimentos da história da humanidade e sempre sendo citados como algo ruim ou que possuem uma influência ruim para nós. Outros nomes usados durante o passar dos tempos para se referenciar a estes seres foram “o espírito vermelho do mal” ou também “o homem de vermelho”.

Cena onde mostra um Hellspawn atrás da figura de Hitler. Segundo consta na história da sua biografia, Hitler via uma figura vermelha como uma sombra sempre atrás dele. Observe também que há um personagem conhecido do universo de Star Wars, que está no quadro pendurado ao fundo, o Darth Maul com seu rosto demoníaco vermelho.
Este é o personagem Travis Ward em busca de se livrar da condenação eterna – Spawn: The Undead #2.

Se você chegou lendo até aqui já entendeu qual é o ponto. Esse “usher” ou “homem de vermelho” – termo designado pelo personagem Travis para os hellspawns – apareceu para uma das figuras mais mortais da nossa história. Sim, o próprio Hitler!

E AGORA QUE O ASSUNTO FICA INTERESSANTE… Nesta parte da história de Spawn: The Undead há o seguinte texto abaixo:

“And these interactions extende even into this century. It was widely reported that Adolf Hitler was accompanied by a sinister “Red Man” which stood constantly behind him and could easily be seen in the periphery of one’s vision. Heinrich Himmler — a deeply superstitious man — was so unnerved by this that he could hardly stand to be in his beloved Fuher’s company for fear of seeing the creature.”

Em tradução livre:

“E essas interações (dos hellspawns) se estenderam até este século. Foi amplamente divulgado que Adolf Hitler era acompanhado por um sinistro ‘Homem Vermelho’ que permanecia constantemente atrás dele e podia ser facilmente visto na visão periférica de alguém. Heinrich Himmler – um homem profundamente supersticioso – ficou tão nervoso com isso que mal conseguia ficar na companhia de seu amado Führer (líder) por medo de ver a criatura.”

Realizando muitas pesquisas e aprofundando mais sobre o assunto descobrimos que existem relatos reais de que ele realmente via, ou melhor, sentia estes seres das trevas, que ele mesmo os chamavam de seres “Superiores Desconhecidos”.


A seguir colocamos alguns trechos para sua própria avaliação sobre o assunto:

A História é revista, podendo ser o produto de uma guerra entre sociedades secretas, regidas pelos “Superiores Desconhecidos”. Hitler e o nazismo seriam uma tentativa de uma sociedade mística prevalecer sobre outra tecnocrática. Contando assim, parece piada; mas os autores do livro levam a cabo seus argumentos com elegância, profundidade e erudição, amparados num monumental trabalho de pesquisa. Uma leitura instigante que, no mínimo, poderá abrir alguns horizontes. É preciso ver as coisas antigas com olhos atuais, o que nos ajudará a compreender o futuro.

“O objetivo de Hitler não é nem a criação da raça dos Senhores, nem a conquista do Mundo; isso são apenas os meios para realizar a grande obra sonhada por Hitler. O verdadeiro objetivo era fazer obra de criação, obra divina, o objetivo da mutação biológica; o resultado será uma ascensão da humanidade ainda não igualada, a aparição de uma humanidade de heróis, de semideuses, de homens-deuses.” – Dr. Achille Delmas.

É preciso também dar atenção à ideia dos “Superiores Desconhecidos”. Encontramos lá em todas as místicas negras do Oriente e do Ocidente. Habitando debaixo da terra ou vindos de outros planetas, gigantes semelhantes a esses que dormiriam sob uma carapaça de ouro nas criptas tibetanas, ou então presenças informes e terrificantes, tais como as descrevia H.P. Lovecraft, esses “Superiores Desconhecidos” evocados nos ritos pagãos e luciferinos existirão realmente? Quando Arthur Machen fala do Mundo do Mal, cheio de cavernas e de habitantes crepusculares, é ao outro mundo, àquele onde o homem toma contacto com os “Superiores Desconhecidos”, que se refere, como discípulo do Golden Dawn (Aurora Dourada ou Amanhecer Dourado). Parece-nos certo que Hitler partilhava dessa crença. Mais: que ele pretendia ter a experiência de contatos com esses seres “Superiores”.

Já fizemos notar que Samuel Mathers fundara a Golden Dawn. Mathers pretendia estar em comunicação com esses “Superiores Desconhecidos” e ter estabelecido os contatos em companhia de sua mulher, irmã do filósofo Henri Bergson. Eis a seguir uma passagem do manifesto aos Membros da Segunda Ordem, que ele escreveu em 1896: “A respeito desses Chefes Secretos, aos quais me refiro e de que recebi as instruções da Segunda Ordem que vos comuniquei, nada vos posso dizer. Nem sequer sei os seus nomes terrenos e só muito raramente os vi com os seus corpos físicos… Eles encontram-se fisicamente no tempo e no lugar antecipadamente fixados. Na minha opinião, creio que são seres humanos que habitam a Terra, mas que possuem poderes terríveis e sobre-humanos… As minhas relações físicas com eles mostraram-me quão difícil é para um mortal, por muito evoluído que seja, suportar-lhes a presença. Não quero dizer que, durante esses raros encontros que com eles tive, o efeito em mim produzido tenha sido o de depressão física intensa que se segue à perda do magnetismo. Pelo contrário, sentia-me em contato com uma força tão terrível que só a posso comparar ao efeito provocado numa pessoa que esteve perto de um relâmpago durante uma violenta trovoada, acompanhado por uma grande dificuldade em respirar… À prostração nervosa de que falei juntavam-se suores frios e perdas de sangue pelo nariz, boca e, por vezes, pelos ouvidos.”

Hitler conversava um dia com Rauschning, chefe do governo de Dantzig, a respeito do problema da mutação da raça humana [um pequeno parênteses: por isso Hitler buscava incansavelmente a tão chamada superioridade da “raça ariana”]. Rauschning, que não possuía a chave de tão estranha preocupação, interpretava as frases de Hitler como frases de um criador de gado que procurasse melhorar o sangue alemão. Mas não pode fazer outra coisa senão auxiliar a natureza, dizia ele, abreviando o caminho a percorrer! É preciso que a própria natureza lhe dê uma nova variedade. Até agora, só raramente o criador obteve bons resultados, em relação à espécie animal, no desenvolvimento das mutações, quer dizer, em criar ele próprio novos caracteres. “O homem novo vive entre nós! Já chegou!” – exclamou Hitler em tom triunfante. “Isto não lhe basta? Vou dizer-lhe um segredo. Eu vi o homem novo. É intrépido e cruel. Tive medo diante dele.” Ao pronunciar estas palavras, acrescenta Rauschning, Hitler tremia num ardor extático. E Rauschning conta também esta cena estranha, a respeito da qual se interroga em vão o doutor Achille Delmas, especialista de psicologia aplicada.

De fato, neste caso, a psicologia não se aplica: “Uma pessoa da intimidade de Hitler disse-me que ele acorda durante a noite soltando gritos convulsivos. Pede socorro, sentado na beira da cama, como que paralisado. É possuído por um pânico que o faz tremer a ponto de sacudir a cama. Profere vociferações confusas e incompreensíveis. Arqueja como se estivesse a sufocar. A mesma pessoa relatou-me uma dessas crises com pormenores em que me recusaria a acreditar se a fonte não fosse de tanta confiança. Hitler estava de pé no seu quarto cambaleante, olhando em redor com ar desvairado. ‘É ele! É ele! Ele esteve aqui!’, gemia. Os lábios tremiam-lhe. O suor escorria abundantemente. De súbito pronunciou números sem qualquer sentido, depois palavras, restos de frases. Era pavoroso. Empregava termos curiosamente reunidos, absolutamente extraordinários. Depois, novamente, voltara a ficar silencioso, mas continua a mexer os lábios. Tinham-no então friccionado, e fizeram-no tomar uma bebida. Depois, subitamente, berrou: ‘Ali, ali no canto! Está ali!’ Batia com o pé no chão e soltava gritos. Tranquilizaram-no dizendo-lhe que nada se passava de anormal; e ele acalmou-se pouco a pouco. Em seguida, dormira várias horas e voltara a ser quase normal e suportável.”

Deixamos ao leitor o cuidado de comparar as declarações de Mathers, chefe de uma pequena sociedade neopagã do fim do século XIX – a Golden Dawn, e os ditos de um homem que, no momento em que Rauschning os coligia, se preparava para lançar o mundo numa aventura que provocou vinte milhões de mortos – Adolf Hitler. Pedimos-lhe que não despreze esta comparação e a sua lição, a pretexto de que a Golden Dawn e o nazismo são, aos olhos do historiador é razoável, coisas completamente diferentes. O historiador é razoável, mas a história não o é. São as mesmas crenças que animam os dois homens, as suas experiências fundamentais são idênticas, a mesma força os impele. Pertencem à mesma corrente de pensamento, à mesma religião. Essa religião ainda não foi verdadeiramente estudada. Nem a Igreja, nem o racionalismo, que é outra igreja, o permitiram. Nós entramos numa época do conhecimento na qual tais estudos se tornarão possíveis porque a realidade desvendará a sua faceta fantástica e ideias ou técnicas que nos pareciam anormais, desprezíveis ou odiosas, apresentar-se-ão úteis para a compreensão de um real cada vez menos tranquilizador.


Para maiores detalhes, consultem as páginas 34, 163 e 164 do PDF do livro O Despertar dos Mágicos, Introdução ao Realismo Fantástico, escrito por Louis Pauweles e Jacques Bergier em 1960.

Capa do Livro “O Despertar dos Mágicos – Introdução ao Realismo Fantástico”
Página 254 do livro “O Despertar dos Mágicos” onde os trechos marcados em amarelo são referentes as declarações do A. Hitler ao sentir a presenta do suposto “hellspawn” perto de si.

Fontes:

• Introdução ao Realismo Fantástico: O Despertar dos Mágicos – Le Matin des magiciens, páginas 253 e 254, escrito por Louis Pauwels e Jacques Bergier, Paris, 1960.

• Hermann Raushning: Hitler m”a dit. Edition Cooperation, Paris, 1939. Achile Delmas Hitler, essai de biographie psycho-pathologique. Librairie Marcel Rivière. Paris, 1946.

• Links de apoio:

https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Despertar_dos_M%C3%A1gicos

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_Herm%C3%A9tica_da_Aurora_Dourada

https://drive.google.com/open?id=1wzCW0jMyeOCK34njVDqbvC2bjbfsdOV_

http://pesquisasjunior.blogspot.com/2015/03/adolf-hitler.html

https://www.megacurioso.com.br/educacao/107317-25-fatos-sobre-adolf-hitler-uma-das-figuras-mais-odiadas-da-historia.htm

https://www.megacurioso.com.br/personalidades/98801-ha-alguma-verdade-por-tras-destes-9-mitos-sobre-hitler.htm

https://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/935386-hitler-ingeria-ate-150-comprimidos-por-semana-e-teve-colapso.shtml

https://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Hitler

https://pt.wikipedia.org/wiki/Heinrich_Himmler

Gostaríamos de deixar bem claro que este artigo não quer em momento algum fazer quaisquer apologia ao nazismos e afins relacionados. Este é apenas um texto informativo, para fins de estudo e divulgação do assunto.

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